Em 1979, eu não era nem nascido. Mas o que importa?
Desde o momento em que eu me entendi, venho observando o que existe ao meu redor.
'Se entender' expressa muita coisa, mas falo pelo lado plural do estado sólido de viver.
Acabo que neste momento, concretizando esse ano de junções.
Risco como no passado era de costume diário, para diariamente seguir riscando;
Escrever bonito nunca foi esforço, e prefiro seguir dessa maneira formal.
Acontece que mastigar e cuspir aos pobres não faz parte da minha realidade introspectiva.
Sigo assim, entre uma produção e outra.
Penso nele. Penso nele novamente. Penso no que pode acontecer. Penso no que viver.
É tudo como uma injeção, acontece dentro, não se vê.
E no momento que paro de pensar, ocorre tudo novamente.
Penso nele. Penso nele novamente. Penso no que pode acontecer. Penso no que viver.
Bem, eu poderia repetir isso umas trocentas vezes, mas o que importa?
O gostar. A vontade que tenho de apertar, morder, abraçar e ficar ouvindo música dentro de um carro só para ouvir sua voz mais encubada. Mais de perto.
Tudo parece tão distante, mas na verdade não é. A proximidade se faz concreta à partir do momento em que nos julgamos capazes. E capacidade é algo que só depende de nós.
Uma pausa, mais ou menos duas horas, e o texto ainda se encontra aqui.
Acho melhor parar para que o próximo pensamento se faça matéria, como que em um recipiente.
Um tupperware.